domingo, julho 09, 2006

A Pátria de Chuteiras

O Brasil é verdadeiramente uma pátria de chuteiras durante a Copa do mundo! O futebol promove uma grande mobilização, cria feriados, fecha a industria, o comércio, as repartições, as instituições bancárias e educacionais, enfim, exerce um papel único na vida e no comportamento das pessoas. Cabe a nos da sociedade organizada buscar formas para que esta mobilização ocorra também em defesa de outros interesses do nosso País. Qual será a grande mágica que o futebol tem para conseguir
mobilizar a todos?

Os Chuteiras sem Pátria: Dos 23 jogadores que formam a atual seleção do
Brasil, vinte jogam e moram no exterior. Pela forma melancólica sem civismo, sem brio e emoção em que atuaram esta seleção de chuteiras sem pátria saiu-se moralmente derrotada em todas as cinco partidas que jogaram.
Terminada a copa a maioria dos jogadores voltou para o País onde moram
e trabalham (França, Alemanha, Espanha, Itália, outros) e voltam à normalidade de suas vidas sem tomar nenhum conhecimento pessoal das ilusões, decepções e tristezas que plantaram no coração dos brasileiros.

Nas diversas entrevistas que ouvi e li de alguns desses jogadores - que bem representam os chuteiras sem pátria, pude constatar que não sabem de nada do que acontece no Brasil - somente ouvem parcos comentários. Não sabem que somos campeões na corrupção, no desemprego, na violência, na desigualdade social e até nas taxas de juros.

Nesta mesma copa tomamos conhecimento de diversos jogadores brasileiros que se naturalizaram para defender outros Países (Japão; México; Portugal; Tunísia). Com a naturalização tudo se resolve, até o patriotismo nato.

Esta é uma constatação real da forma pratica de como ganhar dinheiro que os chuteiras sem pátria praticam.

Convocação e desconvocação: Como poderemos exigir civismo dos vinte e três homens que formavam a seleção, se eles se juntaram na Suíça e depois de cerca de 30 dias reunidos e alojados em palácios / hotéis de luxo se debandaram na Alemanha após a derrota vergonhosa para a França. Este é o mesmo procedimento utilizado para contratação de mercenários para executar uma determinada ação - são juntados e treinados em um determinado País e se debandam em outro País após o termino da missão.

Penso que o correto - para ser uma verdadeira seleção que representa os quase 200 milhões de brasileiros, seria após a convocação dos jogadores escolhidos - TODOS deveriam se apresentar no Brasil em uma eterminada data e local e depois de uma a duas semanas dos procedimentos de verificação de testes de saúde e outros exercícios físicos, viajariam juntos para o País onde seria realizada a competição. Após a ultima partida (campeão ou eliminação da copa) TODOS jogadores voltariam JUNTOS para o Brasil e depois da chegada aqui e que deveria haver a desconvocação de maneira formal.

Agindo desta forma esses 23 homens seriam considerados representantes oficiais do nosso País em uma competição que envolve a emoção de todos.

Os sem chuteiras com Pátria e a eleição: A ilusão de ser novamente
campeão terminou no dia 30 de junho de maneira triste e melancólica para todos nos da pátria de chuteiras. Em outubro de 2006 esses quase 200 milhões de sem chuteiras com pátria vão ter a oportunidade única de escolher entre milhares de candidatos sua "seleção de craques" que poderá com brio, ética e coragem lutar para que percamos também os malfadados títulos de campeões de corrupção, de desemprego, da violência.

Estará em nossas mãos fazer as escalações dos governadores, deputados
federais, deputados estaduais, senadores, e em especial escolher o
capitão do time: o presidente da republica. Com certeza devemos também sonhar com a Pátria sem chuteiras! Pois e nesta Pátria que vivemos 47 meses em cada quatro anos! Se agirmos com cidadania e ética o nosso País com certeza começara mais uma vez a iniciar o despertar do seu berço esplendido em 01 de outubro de 2006.

Marcio Landes Claussen

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