sexta-feira, janeiro 20, 2006

É preciso perdoar

Tempo vem para me ensinar
O que o meu pai não me ensinou
Leva essa magoa embora
Se voce tem um grande amor
E esse alguem não lhe perdoou
Dê tempo pra ela agora
Mais não deixa ela partir
Não deixe ela escapar
Deixe o tempo reagir
Deixe o tempo atuar
Ela não vai resistir
Ela vai se entregar
E se não se decidir
Só vai ter tempo pra chora
Abra o coração pra esse amor
Perdão faz bem pra vida inteira

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Bueno Brandão - 31/12/2005

Algum tempo sem escrever, ando sem tanta inspiração, muitas coisas acontecendo, mais um ano se passou, e se for colocar tudo em papel seria muito cansativo, há todo momento alimentando pensamentos, energias negativas não me faz bem, o nosso país cada vez pior e mal administrado, nós temos que traçar nossas metas e tentando uma à uma alcança-las, é assim onde vivemos, não dá pra conciliar várias coisas ao mesmo tempo, sempre estamos repassando o dinheiro para outras mãos e feliz aquele que consegue realizar várias coisas de seu gosto nesta enorme diferença social entre nós, mas hoje estou aqui para escrever da viagem no fim de semana, bueno brandão ...

Sábado, 31 de dezembro de 2005, último dia do ano, há principio iríamos eu, meu amigo e seu filho, mas aí ele não quis ir e fomos nós dois, caminhonete e moto de trilha em cima, precisava de mais alguma coisa ? sinceramente pra mim não ... heheheh
Ao mercado, uma caixa de cerveja, alguns pães que ele tinha um nome e agora não lembro (risos), e água, tanque cheio da moto e do carro, pneus calibrados e vamos à estrada. Pista boa, nós ouvindo um Ozzy Osbourne e vamos que vamos. Parada em bragança pra tomar aquela que ficou gelando na caixa térmica e estrada novamente, Socorro, Bueno Brandão pista, enfim terra, pra mim não é tanta novidade assim a paisagem, pois já fui diversas vezes pra lá, mas meu amigo ficou encantado, maior visual bonito, o campo todo verdinho, ali é uma área muito maneira, todo final de dia quase chove, por isso a paisagem é tão deslumbrante.
No caminho parada obrigatória no alambique pra tomar aquela pinga mineira deliciosa, sem comentários, só quem tomou sabe o sabor da branquinha, chegada no bairro Machado e lá vamos para a primeira cachoeira, Machado II, deve ter uns 80 metros a caída, sem ninguém, eu e o brother tomando aquela breja e vendo aquela queda gostosa de água, fotos e um banho demorado nas costas, eu adoro esquecer do mundo e só ficar sentindo aquela água geladinha descendo pelo corpo, me levando todas as energias ruins e me recarregando só com as coisas puras daquele lugar, me renovo, esqueço de tudo e fico leve, purificado.
Subimos, claro com as latinhas de breja nas mãos, decidimos deixar o carro ali mesmo na casa da pessoa, coisa que me deixa muito triste, putz, como podem ? ali em Bueno as pessoas fazem uma casa bem na entrada da cachoeira e cobram entrada dizendo que é custo de preservação, isso não existe, é da natureza, não podem cobrar, mas também tem certos acessos onde eles fazem os caminhos, as trilhas, tem cachoeira que é preciso de uma grande caminhada pra chegar até lá, de certo modo vale, mas por outro não, enfim, fica aqui o debate sobre isso, qualquer hora penso em fazer algo contra essas taxas, veremos, acredito que as pessoas ali necessitem, poderíamos até ajudar, mas que não fosse deste modo com uma taxa fixa à cada visitante, é demais não é mesmo ?
Descemos a moto, 200 preparadinha, muito show, e fui pilotando, nossa, eu parecia uma criança boba, contente e feliz, faz um bom tempo que não andava de moto, muito menos em viagem assim, da qual em meu passado era direto, sem parar, só querer estava eu em cima da moto pegando uma estrada, saudades à parte, fui então destino à cachoeira do Luiz, meu amigo ficou doido, me chamava de louco, mas também eu queimava embreagem da moto pra se ter idéia, coisa que não precisa com motor dois tempos, sei disso, mas sei lá, bom demais, amo moto e a motinha no esquema, conhecendo tudo ali como conheço, eu estava contente demais isso sim.
A cachoeira do Luiz é alta também, enorme queda, e tipo uma piscina pequena embaixo, fiquei na queda um tempão também, curtimos muito o ambiente, muitas pessoas por perto, foi muito relax mesmo e pra relaxar mais um pouco à cima a cachoeira de Santa Rita, tem uma queda bonita também só que parece uma prainha, areia pra entrar e um piscinão onde dá pra nadar e dar umas boas braçadas, a fome apertou e não tem como ir na cidade e não almoçar no Cumpadi, preço acessível e se come à vontade, tenho que contar um pouco do cardápio, feijão mineiro, arroz, couve cozida, costelinha, frango caipira, toicinho, macarrão e salada, foi o fim, destruição total, no meio do caminho trucada com os velhinhos da cidade e mais breja em cima, voltamos e pegamos o carro, andando por todos os lados procurando um lugar para dormir e tudo lotado, até que encontramos uma mulher do qual nos ajeitou um cômodo com colchões no chão mesmo e cobertores onde descansamos.
Tinha bastante gente neste lugar, uma casa grande e mais duas pequenas, haviam um pessoal de Campo Limpo Paulista do qual eu fiz amizade, foi bem legal, dormimos e acordamos as 11 da noite onde subimos na praça, rolava a banda Indústria Brasileira, tocando rock nacional, mpb, músicas de carnaval, eles possuíam muitos instrumentos, um palco bem montado, bateria, baixo, guitarra, percussão, teclados e vocal, muito show mesmo, foi só champagne que esta altura cerveja não encaixava mais, liguei para outros amigos da minha cidade e desejei feliz ano novo pra todos, foi muito bom, muita gente, o ruim que chovia e tínhamos que ficar escondido no toldo, e ali dentro a maioria casais e tal, molecada, mas mesmo assim o som estava perfeito, um ambiente super agradável, depois pra matar a vontade de doce, churros, o Magrelo comeu dois, estava chique hein ? rsrs*
Domingo, acordando as nove, corrida ao banheiro, putz, era preciso esvaziar, e pé na estrada, o sol do dia anterior nos abandonou, chuva a noite toda, chuviscos durante o dia, para vermos o que ia rolar fomos à cachoeira mais próxima a Machado I, descemos, muita água, nervosa mesmo a queda, chegaram mais três pessoas, todos homens, ficamos conversando, pessoal de Pedreira, Bueno, papos à parte sobre motocross e ida ao Moacir tomar umas e jogar um bilhar, perdi a melhor de três e ainda paguei as brejas, próximo destino cachoeira do Felix, descemos, tiramos umas fotos e retornamos para a cidade, paramos num buteco e tomamos uma brejas de novo com um frango assado com pão picado, vixi, parecia que íamos explodir, quanto comer e beber, isso é Minas, ô maravilha sô !!
Um último passeio de moto, destino, vinícola do Sr. Zé Roberto, no caminho fotos de motoca, mais uma vez a leitoa assada ficou pra contar na próxima, pois toda vez não dá tempo de comer a tal leitoa, todos dizem que é muito bom mas até agora não experimentamos, foi muito legal as doses de vinho que a gente pediu pra provar, tomamos quase um litro só de doze, fotos da plantação de uva, três litros de vinho debaixo dos braços e de volta à pousada.
Subimos a moto, arrumamos as coisas e de volta pra casa, mais algumas fotos no caminho, tem uma parte da estrada, mais para o início onde tem uma curva algumas casinhas no campo abaixo, com vista de uma queda de água no alto, parada obrigatória para fotos e viemos tomando um vinho, chegamos bem escuro já, tomei banho e capotei ....