segunda-feira, agosto 24, 2009

ADIAMENTO - Álvaro de Campos (Heterônimo de Fernando Pessoa)

Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...

Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,

E assim será possível; mas hoje não...

Não, hoje nada; hoje não posso.

A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,

O sono da minha vida real, intercalado,

O cansaço antecipado e infinito,

Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico...

Esta espécie de alma...

Só depois de amanhã...

Hoje quero preparar-me,

Quero preparar-me para pensar amanhã no dia seguinte...

Ele é que é decisivo.

Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos...

Amanhã é o dia dos planos.

Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o mundo;

Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...

Tenho vontade de chorar,

Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...



Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.

Só depois de amanhã...

Quando era criança o circo de domingo divertia-me toda a semana.

Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha infância...

Depois de amanhã serei outro,

A minha vida triunfar-se-á,

Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático

Serão convocadas por um edital...

Mas por um edital de amanhã...

Hoje quero dormir, redigirei amanhã...

Por hoje, qual é o espetáculo que me repetiria a infância?

Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,

Que depois de amanhã é que está bem o espetáculo...

Antes, não...

Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei.

Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser.

Só depois de amanhã...

Tenho sono como o frio de um cão vadio.

Tenho muito sono.

Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã...

Sim, talvez só depois de amanhã...



O porvir...



Sim, o porvir...

quinta-feira, agosto 20, 2009

A cachorrinha

Havia uma cachorrinha de nome Niquinha. A dona dela levou-a para passear na floresta. Ela se afastou da sua dona e foi para o mato e começou a comer um osso. De repente, ela percebeu que uma onça se aproximava para devorá-la. Ela fingiu que não viu e quando a onça estava perto falou para a onça ouvir: que onça gostosa acabei de comer. Agora vou matar outra. A onça, ao ouvir isto, ficou apavorada e foi embora.

Um macaco que estava no alto de uma árvore tudo viu e ficou com muita inveja da cachorrinha. Disse: Essa não! Eu pensava que era o animal mais esperto e agora vejo que essa cachorrinha é mais esperta que eu. Vou dar um jeito. Comportou-se literalmente como "amigo da onça". Saiu correndo atrás da onça e falou para ela que fora enganada pela cachorrinha Niquinha. Quando a Niquinha percebeu, a onça estava voltando com o macaco montado nela. Fingiu novamente que não viu e ficou de costa. Quando viu que a onça estava perto falou alto: Cadê esse macaco que foi buscar outra onça para eu matar e comer que não chega?

Ouvindo isso e sentindo-se enganada, a onça ficou uma fera com o macaco e o matou e o comeu.

E a Niquinha fugiu, voltando para os braços da sua dona.

Conclusão:

1) Diante do perigo é necessário ter tranqüilidade e criatividade. Com tranquilidade
(controle emocional) procurar uma saída criativa;

2) O invejoso quer ser esperto, mas, termina por se dar mal!

Fábula adaptada por Luciano M. Castelo

terça-feira, agosto 18, 2009

Um sonho ou uma meta?

Uma meta é um sonho com prazo. Dar um prazo ao seu sonho tira você do vago “algum dia”. Com uma meta, o sonho adquire vida própria e cria um limite de tempo dentro do qual deverá ser realizado.

Sua mente pode visualizar sua realização, o modo como você se sentirá, como a vida será diferente quando esse propósito estiver cumprido. O simples ato de escrever uma meta começa a liberar o poder e o impulso que o ajudarão a alcançá-la. Mas para chegar a isso é necessário planejar todas as etapas que terá de vencer para chegar lá.

Não tenha medo do poder que existe em planejar. Uma das maiores razões que geralmente impede as pessoas de planejarem é o medo do compromisso e de seu primo em primeiro grau: o medo do fracasso. Não há problema quando se trata de pensar no que precisamos fazer para realizar alguma coisa, mas se traçamos planos bem definidos e o colocamos no papel, podemos fracassar.

Por isso, faça um planejamento realista e deixe-o ser a força motivadora que o levará até o fim. E lembre-se: a diferença entre um sonho e uma meta está no ato de escrever o plano. Se você não o escrever, sua meta permanecerá apenas um sonho de “algum dia”.

(texto de Hyrum W. Smith, do livro “O que mais importa –
o poder de viver seus valores”)

segunda-feira, agosto 17, 2009

700 km em duas rodas

Inicialmente parecia loucura,
mas a empolgação era tamanha,
não me importância a distância,
eu queria mesmo é ir,
sem medo do que poderia vir ...

Sem conhecer, alguns desencontros,
mas rapimente me situei,
quando parei no Tietê,
quase me desesperei,
apenas 150 km até este momento eu trafeguei !
sem contar os 50 km de itupeva que viajei ...

Seguindo em frente,
estrada de mão única e muitas curvas,
até que então as vias duplas surgiram,
com mais calma segui ....

Algum tempo depois em Bauru estava,
eu nem acreditava,
Av. Getúlio Vargas, de nome famoso,
era um lugar muito gostoso ....

Então o show se sucedeu,
banda mestre cuca,
depois Detonautas apareceu ...
Músicas acústicas,
que mágia, foi só alegria.

De volta à estrada, sentido Jaú,
motel que nunca aparecia,
até que a luz azul resurgia,
dormi, na verdade morri até o outro dia ...

Logo pela manhã, café campeão,
nem precisei dividir não,
de volta à estrada,
Brotas me aguardava ....

Alguns kilometros,
outras informações e lá eu estava,
Brotas, cidade bonitaça,
mais duas cachoeiras e curtida campeazaça ...

Fotos registradas,
mente relaxada,
de volta pra casa,
outro caminho me aguardava,
700 km em duas rodas,
até agora nem acredito,
mas de uma coisa sei,
que fim de semana inesquecível de puro agito !!!


sexta-feira, agosto 14, 2009

Acreditar e agir

Um viajante caminhava pelas margens de um grande lago de águas cristalinas e imaginava uma forma de chegar até o outro lado, onde era seu destino.

Suspirou profundamente enquanto tentava fixar o olhar no horizonte. A voz de um homem de cabelos brancos quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo. Era um barqueiro.

O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho. O viajante olhou detidamente e percebeu o que pareciam ser letras em cada remo. Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, observou que eram mesmo duas palavras. Num dos remos estava entalhada a palavra acreditar e no outro agir.

Não podendo conter a curiosidade, perguntou a razão daqueles nomes originais dados aos remos. O barqueiro pegou o remo, no qual estava escrito acreditar, e remou com toda força. O barco, então, começou a dar voltas sem sair do lugar em que estava. Em seguida, pegou o remo em que estava escrito agir e remou com todo vigor. Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante.

Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, movimentou-os ao mesmo tempo e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago, chegando calmamente à outra margem.

Então o barqueiro disse ao viajante:

- Este barco pode ser chamado de autoconfiança. E a margem é a meta que desejamos atingir. Para que o barco da autoconfiança navegue seguro e alcance a meta pretendida, é preciso que utilizemos os dois remos ao mesmo tempo e com a mesma intensidade: agir e acreditar.

Tudo em ordem

As vezes me pego a pensar,
junto todas as informações que possuo,
com mais algumas que acrescentei até neste instante,
comparo-me, como era antes e como sou hoje ...

Gostaria de não lembrar de você,
como alguém que me fez mal,
gostaria de lembrar de mim,
como alguém que não te fez mal ...

Tantas vezes que tentei,
você não me deixou falar,
você não quis me escutar
e ali sobreviviamos,
seqüentrando um ao outro ...

Vou sair pra ver o sol,
vou mentir e dizer que eu não feliz,
vou sair pra ver o mar,
não importa mais se você aqui não esta!

Não sou como os outros, todo mundo sabe!

Procuro não compreender tudo como antes,
deixo livre todos os meus pensamentos,
deixo que meu instinto me guie,
até que me sinto sem consciência e me entregue ao meu Ser,
purifique minha alma com todo amor que em mim se habita ...

Bom, estar com quem você ama e pessoas que te amam,
olhar no espelho e ver você mesmo: um Ser feliz e renovado!
Estar aqui agora, sem pressa pra acordar,
livre de pensamentos que me aprisionam ...
é maravilhoso ter o controle da sua própria vida :)

Aos meus amores,
meus queridos pais, só tenho à agradecer
pois nunca me abandonaram em momento algum,
hoje sinto os verdadeiros valores que aquecem a minha alma ...

Feliz é o homem quando lhe é devolvida a vida,
Feliz o homem que se conhece por completo,
Feliz é o homem que pensa por si mesmo,
Este homem sou eu.

sábado, agosto 08, 2009

O periquitinho e o gavião

O Periquitim estava cantando no galho do pau: "ti-ri-ri, ti-ri-ri, ti-ri-ri". Quando chegou o Gavião: "ê-pá-pápápápá!" Sentou de junto e disse:
- Bom dia, meu filho!
- Bom dia!
- Ah, desde longe vejo você cantando! Parecendo a voz do finado seu pai quanto cantava. Tinha um disfarce que chegava a fechar os olhos. E você canta com os olhos abertos.
- Aí o Periquitim facilitou, coitado! Fechou os olhos e: "Ti-ri-ri, ti-ri-ri, ti-ri,ri!" - e o Gavião vapo! - carregou o Periquitim e comeu.

Viajou. Depois, o Gavião vê outro passarinho cantando: "Tu-tutu-tutu-tutu!" Quis aplicar o mesmo golpe:
- Desde longe que vejo você cantando, parecendo a voz do finado seu pai. Mas seu pai tinha um disfarce que chegava e fechava os olhos. E você canta com os olhos abertos.
Aí o passarinho fechou um olho e ficou com o outro aberto. Começou a cantar: "tu-tu-tu!" Aí o Gavião disse:
- Ah, mas você canta com um olho fechado e outro aberto?!
- Amigo Gavião, quando os amigos são certos, um olho fechado, o outro aberto. E quando são incertos, todos os dois abertos. Até logo!

Otávio Barbosa. Alagoinhas (Pati), 01.11.86.
Recolhido por: Edil Silva Costa
AT61
EBR-1.9 (I/A)

terça-feira, agosto 04, 2009

AS DUAS RÃS

Era uma vez duas rãs que caíram num tacho de creme.

A primeira rã, ao ver que aquele líquido branco não dava pé, aceitou seu destino e se afogou.

A segunda rã não gostou da perspectiva. Ficou se debatendo no creme e fez o que pôde para ficar à tona.

Passado algum tempo, aquela agitação toda fez o creme virar manteiga e ela conseguiu pular do tacho.

Moral da história:


Sonho de Herói

Com um galho de bambu verde
e dois ramos de palmeira
eu hei de fazer um dia o meu cavalo
- com asas!
Subirei nele, com vento, lá bem alto,
de carreira,
Voarei, roçando o mato,
as copas em flor das árvores,
como se cruzasse o mar...
e até sobre o mar de fato
passarei nas nuvens pálidas
muito acima das montanhas, das cidades, das cachoeiras,
mais alto que a chuva, no ar!
E irei às estrelas,
ilhas dos rios de além,
ilhas de pedras divinas,
de ribeiras diamantinas
com palmas, conchas, coquinhos nas suas praias também...
praias de pérola e de ouro
onde nunca foi ninguém...

MURILO ARAÚJO, Antologia Poética para a Infância e a Juventude, pág. 84.

segunda-feira, agosto 03, 2009

Sempre em frente

Era uma vez um cocheiro que dirigia uma carroça cheia de abóboras.

A cada solavanco da carroça, ele olhava para trás e via que as abóboras estavam todas desarrumadas.

Então ele parava, descia e colocava-as novamente no lugar.

Mal reiniciava sua viagem, lá vinha outro solavanco e... tudo se desarrumava de novo.

Então ele começou a ficar desanimado e pensou: "jamais vou conseguir terminar minha viagem! É impossível dirigir nesta estrada de terra, conservando as abóboras arrumadas!".

Quando estava assim pensando, passou à sua frente outra carroça cheia de abóboras e ele observou que o cocheiro seguia em frente e nem olhava para trás: as abóboras que estavam desarrumadas organizavam-se sozinhas no próximo solavanco.

Foi quando ele compreendeu que, se colocasse a carroça em movimento na direção do local onde queria chegar, os próprios solavancos da carroça fariam com que as abóboras se acomodassem em seus devidos lugares.

Assim também é a nossa vida: quando paramos demais para olhar os problemas, perdemos tempo e nos distanciamos das nossas metas.

Autor desconhecido

Gripe suína ?

Que interesses econômicos se movem por detrás da gripe suina?

No mundo, a cada ano morrem milhões de pessoas vítimas da Malária que se poderia prevenir com um simples mosquiteiro.

Os noticiários, disto nada falam!

No mundo, por ano morrem 2 milhões de crianças com diarréia que se poderia evitar com um simples soro que custa 25 centavos.

Os noticiários disto nada falam!

Sarampo, pneumonia e enfermidades evitáveis com vacinas baratas, provocam a morte de 10 milhões de pessoas a cada ano.

Os noticiários disto nada falam!

Mas há cerca de 10 anos, quando apareceu a famosa gripe das aves…
…os noticiários mundiais inundaram-se de noticias…

Uma epidemia, a mais perigosa de todas…Uma Pandemia!
Só se falava da terrífica enfermidade das aves.

Não obstante, a gripe das aves apenas causou a morte de 250 pessoas, em 10 anos…25 mortos por ano.

A gripe comum, mata por ano meio milhão de pessoas no mundo. Meio milhão contra 25.

Um momento, um momento. Então, porque se armou tanto escândalo com a gripe das aves? Porque atrás desses frangos havia um “galo”, um galo de crista grande.

A farmacêutica transnacional Roche com o seu famoso Tamiflú vendeu milhões de doses aos países asiáticos.
Ainda que o Tamiflú seja de duvidosa eficácia, o governo britânico comprou 14 milhões de doses para prevenir a sua população.

Com a gripe das aves, a Roche e a Realenza, as duas maiores empresas farmacêuticas que vendem os antivirais, obtiveram milhões de dólares de lucro.

Antes com os frangos e agora com os porcos.

-Sim, agora começou a psicose da gripe suina. E todos os noticiários do mundo só falam disso…
-Já não se fala da crise econômica nem dos torturados em Guantánamo…Só a gripe suina, a gripe dos porcos…

-E eu me pergunto: se atrás dos frangos havia um “galo”, atrás dos porcos… não haverá um “grande porco”?

A empresa norte-americana Gilead Sciences tem a patente do Tamiflú. O principal acionista desta empresa é nada menos que um personagem sinistro, Donald Rumsfeld, Secretario da Defesa de George Bush, artífice da guerra contra Iraque…

Os acionistas das farmacêuticas Roche e Realenza estão esfregando as mãos, estão felizes pelas suas vendas novamente milionárias com o duvidoso Tamiflú.

A verdadeira pandemia é de lucro, os enormes lucros destes mercenários da saúde.

Não nego as necessárias medidas de precaução que estão sendo tomadas pelos países. Mas, se a gripe suina é uma pandemia tão terrível como anunciam os meios de comunicação;

Se a Organização Mundial de Saúde se preocupa tanto com esta enfermidade, porque não a declara como um problema de saúde pública mundial e autoriza o fabrico de medicamentos genéricos para combatê-la?

Prescindir das patentes Roche e Realenza e distribuir medicamentos genéricos a todos os países, especialmente aos pobres, essa seria a melhor solução.

REPASSEM ESTA MENSAGEM POR TODOS LADOS, COMO SE TRATASSE DE UMA VACINA, PARA QUE TODOS CONHEÇAM A REALIDADE DESTA “PANDEMIA" !!!