terça-feira, outubro 31, 2006

Lula e Alckmin, manifestam seus pontos de vista sobre inclusão racial (18/10/2006)

Lula e Alckmin, manifestam seus pontos de vista sobre inclusão racial
Na coluna "Candidatos em 20 pontos" o tema de hoje foi Racismo e Cotas.
O IPEA constatou: “ 71% dos pobres do Brasil são NEGROS/AS”. Veja abaixo a posição dos candidatos a presidência quanto a questão racial:
Veja as questões colocadas aos candidatos!

1 - O sr. considera o Brasil um país racista?

O livro "Não Somos Racistas", do diretor de jornalismo da Rede Globo, Ali Kamel, reacendeu o debate sobre o tema recentemente. Na obra, Kamel critica ações afirmativas e aponta que o problema do país é o preconceito contra a pobreza, não o preconceito racial.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1810200622.htm

Lula:

O Brasil não é um país racista, mas infelizmente ainda há discriminação e preconceito racial entre nós. Em 506 anos de história, mais de três séculos e meio foram de escravidão. E os escravos, após a abolição realizada há apenas 118 anos, ficaram entregues à própria sorte. Tudo isso de alguma forma ficou entranhado na nossa cultura. Somos um país no qual a convivência étnica é harmoniosa e o respeito à diversidade cultural é um exemplo. Há, no entanto, muito por fazer. Por isso no início do nosso governo criamos a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial com status de ministério, realizamos, em parceria com a sociedade civil, a 1ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial e promovemos ações afirmativas. No segundo mandato, vamos acelerar mais ainda a implementação do Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial.

Alckmin:

O povo brasileiro não é racista. Até por ser resultado de uma grande miscigenação de povos, é destituído de preconceitos raciais e culturais. Apesar disso, há uma enorme desigualdade. Essa desigualdade tem raízes no regime escravocrata que vigorou no Brasil por quase três séculos e foi abolido sem que se seguissem providências para a inclusão dos negros na sociedade. Por isso no Brasil grande parte dos negros tem baixa escolaridade, baixos salários, mais dificuldade de acesso aos empregos e más condições de moradia. A integração e a igualdade têm de ser alcançadas por uma luta permanente. Nesta luta, é vital a educação e o fortalecimento da identidade negra. Como governador de São Paulo, entre outras ações, criei programa que já capacitou centenas de docentes para o ensino da história e cultura afro-brasileira na rede pública estadual.

2 - O sr. apoiará o projeto que prevê a adoção de cotas para negros nas universidades e no serviço público?
As cotas para negros no ensino superior, no serviço público e no mercado de trabalho estão em discussão no Congresso Nacional. Em julho deste ano manifestos de intelectuais favoráveis e contrários às medidas foram encaminhados ao Legislativo federal.

Lula:

Não se trata de defender cotas para negros ou índios. Trata-se de defender e aplicar ações afirmativas, inclusive cotas, sim, para a escola pública e universidades, objetivando acelerar a reparação de injustiças sociais que perduram há séculos. Essas cotas devem beneficiar os mais pobres, tenham eles a cor branca, negra, amarela ou vermelha, de acordo com o peso de cada grupo social na população. É o que estamos fazendo com o ProUni, por exemplo, que já concedeu 204 mil bolsas para que alunos de baixa renda pudessem entrar na universidade e tem cotas para afrodescendentes e índios. Uma crítica que surgiu em relação às cotas supõe que sua aplicação poderia trazer prejuízo acadêmico. Em 14 instituições federais de ensino superior onde aplicamos cotas para a escola pública são justamente alunos mais pobres que têm se destacado. Vamos ampliar essa política.

Alckmin:

Sou favorável a ações afirmativas. Cota é um tipo de ação afirmativa. No governo de São Paulo eu criei a pontuação acrescida para alunos da escola pública e afro-brasileiros. Assim, sem eliminar o mérito, este sistema tem ajudado muito a ampliação do acesso à universidade.

sexta-feira, outubro 27, 2006

banda: Delírio tropical

A moralidade a o direito nasceram quando o homem deixou de viver pela alma do universo.
Com a tirania do intelecto começou a grande insinceridade.
Quando se perdeu a noção da alma foi decretada a autoridade paterna e a obediência dos filhos.
Quando morreu a consciência do povo, falou-se em autoridade do governo e a lealdade do cidadão.

Hoje somos governados pela ausência da razão e pelo excesso do egoísmo humano. O sexo, o dinheiro e o poder ditam os interesses de quem determina o destino das nações.
A alma e o amor ficaram restritos aos livros e as reuniões daqueles que ainda acreditam na coletividade.
O meu espírito é livre porém aprisionado em matéria e minha matéria aprisionada neste mundo. Busca apenas consciência plena do bem estar dos que vagam comigo por este planeta terra.
Amem todos uns aos outros e amaremos a DEUS.

Empresa brasileira processa outras empresas que usam o nome OpenOffice.org

2006-10-27 01h24min

Editoria do OpenOffice-BR (26/Oct/2006 - 06:05), veja o alerta da LinuxMall e ajude a divulgar.

A notícia abaixo é importante, e conto com a capilaridade da comunidade Linux brasileira para reproduzi-la e disseminá-la tão amplamente quanto possível, para que o maior número de pessoas esteja ciente e pronto para oferecer sua contribuição no momento certo.

Já em 2004 a comunidade foi alertada sobre a empresa detentora da marca registrada Open Office no Brasil estar com intenções belicosas contra o projeto internacional OpenOffice.org.

Seguiram-se manifestos, o pessoal brasileiro do desenvolvimento do OOo sabiamente mudou de nome para BR-Office.org, distribuidoras comerciais nacionais mudaram o nome do pacote em suas próprias mídias, e o tempo foi passando.

Mas todos os envolvidos suspeitavam que as medidas acabariam não sendo suficientes, dado o valor potencial que a detentora da marca poderia buscar receber de uma empresa como a Sun - ainda que para isto tivesse que se indispor com uma grande comunidade no Brasil.

E agora aconteceu. Veja abaixo a íntegra da mensagem que recebi hoje da LinuxMall. Se puder, ajude a divulgar, para aumentar a conscientização da comunidade sobre esta grave situação, para que estejamos preparados para agir quando os colegas do BROffice ou das várias empresas nacionais (que só vamos identificar se elas assim desejarem) que são rés no mesmo processo, após obter orientação jurídica, chamarem a nossa colaboração.

"Relato da situação atual

Como todos já devem ter ouvido falar, uma empresa brasileira, detentora da marca Open Office no Brasil, vem nos últimos tempos tomando atitudes contra o uso do nome OpenOffice.org, o que obrigou o programa, que é conhecido assim mundialmente a ser chamado de BROffice no Brasil.

Recentemente esta empreitada tomou uma nova dimensão, onde a Sun Microsystems, principal apoiadora do projeto e várias empresas que fornecem no Brasil o software, suporte, soluções ou materiais relacionados ao OpenOffice.org estão sendo processadas.

Estas empresas atuam em varios ramos, como distribuidoras de softwares que vendem os CDs, empresas de suporte e treinamento, editoras que publicaram livros ou revistas sobre OpenOffice.org, fornecedores de acessórios e até mesmo livrarias pelo simples fato de venderem material didático sobre OpenOffice.org.

A empresa alega que o motivo do código do OpenOffice.org ser aberto é apenas uma jogada estratégica da Sun para gerar receita com suporte e receber gratuitamente códigos feitos por programadores ao redor do mundo inteiro para posteriormente serem usados no StarOffice, a suíte paga da Sun. Ela acusa a Sun Microsystems Inc. e a Sun Microsystems do Brasil de estarem se prevalecendo de sua notoriedade no mercado de TI para alavancar a adoção do OpenOffice.org no mercado e cita como um exemplo o fato de até a data do documento o OpenOffice.org já ter sido baixado mais de 61 milhões de vezes do site oficial.

Outras alegações são que pela licença do OpenOffice.org somente a Sun poderia vendê-lo, prestar suporte e treinamento e que cabe a mesma definir o futuro do projeto de acordo com seus interesses comerciais. Como o OpenOffice.org é licenciado atualmente pela GNU LGPL (GNU Lesser Gnu Public License), não se pode afirmar que todas estas alegações tenham fundamento.

Sabe-se que a empresa registrou a logomarca Open Office no Brasil antes mesmo da existência do OpenOffice.org, porém devido às marcantes diferenças entre as duas, como por exemplo a partícula ".org", a tipagem e o posicionamento do texto diferenciado, pode-se facilmente perceber que se tratam de marcas e produtos totalmente diferentes.

Estes tipos de ações podem ser muito negativas à imagem do OpenOffice.org e inclusive dificultar ou até mesmo impossibilitar sua adoção em larga escala em grandes empresas e órgãos governamentais.

É importante que todos os frequentadores deste veiculo largamente utilizado pela comunidade apoiadora do movimento open source fiquem sabendo do ocorrido e que manifestem suas opiniões a esta ofensa à liberdade e à filosofia de vida desta comunidade.

Atenciosamente, LinuxMall"

http://www.softwarelivre.org/news/7666

Postada por: Gustavo Barboza De Melo, gustavomelo(at)softwarelivre.org

terça-feira, outubro 24, 2006

Poesia

Não nasci do amor romântico
Nem de parto normal!
Sou fruto de um buquê de rosas vermelhas
entregues com um cartãozinho careta,
de uma ação exemplar.
Das centelhas e centenas de palavras bonitas.
Sou a conclusão de uma relação carnal.
Então nasci, estou aqui!
No país do oba oba.
No país do carnaval.

Pronto para esquartejar o amor.
Parti-lo em pedaços.
Servi-lo em pratos plásticos
marmitas prateadas.
Em sacos de lixo preto que encobrem os corpos
no calçadão do Leblon.

SOU UM GOZO !!!!
Aliais, todos somos!!!
É pra isso que vivemos,
pelo gozo, para o gozo.
Gozemos !!!!

Gozemos da vida.
Gozemos do conformismo.
Gozemos da hipocrisia.
Gozemos dos preconceitos.
Gozemos da apatia.
Gozemos do amor,
pois no fim o amor é só uma gozada.

Andamos tão apáticos que só temos coragem para aplaudir.

Em tempos assim meus amigos,
é preciso ter sorte para não depender do mais forte
e é preciso ser forte para não depender só da sorte.

A vida sem arte é morte.
Sem arte a realidade mata.

E para se acabar com um sistema é preciso conhece-lo
profundamente, alimenta-lo como se alimenta um porco
que não sabe que mais tarde será servido no jantar.
Não se combate um sistema, mostrando quem é o alvo.
O alvo não pode saber que é o alvo, ora bolas!!!!
O sistema é um sistema, não é um teorema.

O Brasil é um precipício
e pelo visto, sempre foi assim !!!

Ajudando a desafinar o coro dos contentes.
Daquele velho anjo torto e muito louco
que por aqui um dia esteve.


autor: Tico Santa Cruz